segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Ensino a distância irregular!

MEC fecha faculdade de ensino à distância no estado do Piauí

O Ministério da Educação está desativando 1.337 pólos de educação à distância em todo o país
A medida resulta de amplo processo de supervisão em instituições de ensino desde o início do ano. A fiscalização apontou diversas irregularidades em pontos de atendimento presencial aos alunos, como ausência de coordenadores, falta de laboratórios de informática e de bibliotecas.
O MEC destaca a preocupação de impedir que os alunos matriculados sejam prejudicados. "Está mais do que provado que a educação a distância pode ser oferecida com excelência. Por isso, não podemos correr o risco de instituições ainda mal estruturadas ampliarem, de maneira desordenada, a oferta de vagas sem garantir os direitos dos estudantes", disse o ministro Fernando Haddad.
O Brasil conta com 109 instituições que oferecem cursos de graduação a distância, das quais oito atendem a 416.320 estudantes e representam 54,7% de todo o alunado da modalidade. Quatro delas já foram avaliadas e outras quatro passam pelo processo. A primeira etapa do processo de supervisão, em fase de assinatura dos termos de saneamento, abrangeu a Universidade do Oeste do Paraná (Unopar), a Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), o Centro Universitário Leonardo da Vinci (Uniasselvi), em Santa Catarina, e a Faculdade Educacional da Lapa (Fael), no Paraná.
"Iniciamos o processo com essas instituições justamente porque elas concentram o maior número de alunos e, também, o maior número de denúncias", explicou o secretário de Educação a Distância, Carlos Eduardo Bielschowsky. O processo de supervisão está baseado nos decretos nº 5.773, de 9 de maio de 2006, e nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005.
No Piauí a instituição fechada até agora foi a Eadcon, ensino de graduação e pós-graduação a distância. A instituição tem parceria com a Fael e Unitins. A Unitins e a Fael, associadas ao Sistema Eadcon, dispõem de 1.494 pólos de atendimento. Desses, 1.278 terão de ser desativados.
Estão matriculados 60 mil alunos nos pólos desativados. Segundo Bielschowsky, eles podem ser transferidos para outros que estejam funcionando regularmente e sejam próximos do anterior. "Caso os alunos não possam ser transferidos, os pólos continuarão abertos até que os matriculados concluam os cursos", esclareceu o secretário.
Para o diretor da UNE, Cássio Borges, "é preciso que o MEC tenha esse controle dos cursos a distância, para manter a qualidade dos mesmos. Nós defendemos uma expansão da educação, mas com qualidade e contra a sua mercantilização."
Os estudantes interessados em fazer curso a distância podem consultar a lista de pólos credenciados pelo MEC.

Da redação
Com Weberson Ferreira Dias da TV canal 13

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